“ Não é razoável que tantos esforços sejam feitos para prolongar a vida humana, se não forem dadas condições adequadas para vivê-la”.

Missão do Blog : Atuar como local de divulgação das diversas atividades desenvolvidas pela coordenação de Saúde do Idoso do Município de Teófilo Otoni , assim como servir de canal para expandir o conhecimento gerontológico nesta cidade.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Reportagem O Globo


Idosos hospitalizados sofrem mais perdas cognitivas


Período pós-internação é mais delicado; efeito é observado a longo prazo

CHICAGO, Illinois — Idosos que são hospitalizados têm mais risco de sofrer problemas cognitivos depois de receberem alta, de acordo com um estudo publicado na revista “Neurology” e motivo de artigo do “New York Times”. O motivo ainda não se sabe, mas acredita-se que tanto a doença que levou o paciente para o hospital quanto os tratamentos recebidos durante a internação contribuam para tal. E o risco parece permanecer durante vários anos, segundo Robert Wilson, autor do estudo e professor de ciências neurológicas e comportamentais na Centro Médico Universitário Rush, em Chicago.
Wilson e sua equipe examinaram informações de 1.355 pessoas, com 65 anos ou mais, que participaram do Projeto Saúde e Envelhecimento, um estudo de longo prazo sobre doenças crônicas desenvolvido em três áreas de Chicago com população bastante diversificada. Todos os pacientes foram hospitalizados em algum momento entre janeiro de 1993 e dezembro de 2007. Eles passavam por entrevistas a cada três anos, quando também eram submetidos a testes de avaliação de seu estado mental. Pelo menos uma entrevista ocorria antes de uma hospitalização e duas depois, para permitir a comparação.
Os pesquisadores descobriram que o nível de declínio cognitivo de muitos dos pacientes mais velhos aumentou significativamente após uma estada no hospital, afetando seu raciocínio e memória. É normal que haja alguma perda nesta fase da vida, mas ela mais do que dobrou.
— É como se as pessoas ficassem dez anos mais velhas do que eram, do ponto de vista cognitivo, depois de uma hospitalização — explica Wilson, ressaltando que o problema não ocorreu com todos os pacientes cujos dados foram analisados.
Especialmente vulnerável a este efeito foram as pessoas com doenças mais graves, que permaneceram hospitalizadas por longos períodos, e pacientes que começaram a apresentar problemas de memória e raciocínio antes de serem internados.
— Achamos que um período no hospital pode revelar e acelerar problemas cognitivos identificados previamente — conclui Wilson.
Já é sabido que a internação pode interferir na habilidade dos pacientes idosos de executar atividades diárias tais como tomar banho e vestir-se sozinho, lembra Kenneth Covinsky, professor de geriatria da Universidade da Califórnia.
— O que essa nova pesquisa faz é confirmar algo de que suspeitávamos, mas não havia dados suficientes para afirmarmos isso antes deste estudo — disse ele.
Ele frisa que é importante que a família do paciente esteja ciente do problema, para ajudá-lo na volta para casa.
— É preciso entender que, quando seu parente idoso volta do hospital, ele pode passar por um período de muita vulnerabilidade —disse Covinsky. — E pode precisar de mais apoio ainda (do que antes da hospitalização).
Para Malaz Boustani, professor associado de medicina na Universidade de Indiana, o delírio — uma transformação abrupta no estado mental que ocorre em 20% dos pacientes hospitalizados — pode ser o responsável pelo declínio cognitivo observado mais tarde e mostrado no estudo do Centro Médico Universitário Rush. Quando acometidos por delírio, os pacientes ficam confusos, desorientados e agitados, ou, pelo contrário, alheios e recolhidos.
— O delírio já foi tratado como algo transitório. Mas, cada vez mais, vem sendo considerado um dano cerebral que pode mudar a trajetória do estado cognitivo — diz Boustani. — Mesmo quando a pessoa está supostamente recuperada, parece haver um efeito residual.
O que é preciso descobrir agora, diz o médico, é se o problema ocorre em consequência da doença que levou o paciente ao hospital ou pelo tratamento dado a ele durante a internação.
— Mas parece que as duas coisas contribuem — diz ele.
Professora associada de medicina da Universidade de Washinton, Catherine Hough afirma que o declínio cognitivo pós-hospitalização pode estar ligado a efeitos de longo prazo — e pouco estudados — de medicamentos recebidos durante a internação.
Outros fatores podem contribuir, a longo prazo, para o declínio cognitivo, como pequenos derrames, nível de açúcar no sangue não controlado e falta de atividade mental durante o tempo de internação, diz a médica.
Felizmente, observa Robert Wilson, como há meios de prevenir o delírio e controlar estes outros fatores, é legítimo acreditar que o declínio cognitivo de pacientes idosos após a internação é algo que se pode prevenir.

terça-feira, 27 de março de 2012

NOVIDADE ( Saúde do Idoso - TO )

 Foi realizado ontem dia 26 /03/12 a primeira reunião do
 GAFI - TO ( Grupo de Apoio aos Familiares de Idosos de    Teófilo Otoni ) neste encontro participaram a coordenadora  da saúde do idoso de Teófilo otoni Enf. Bárbara A. L Bastos , Dra. Ana Flávia Ribeiro e a Enfermeira Poliane representando o Recanto Frei Dimas. Ficou estabelecido que as reuniões seram realizadas toda última segunda feira do mês sendo proposto o seguinte cronogramas de datas até o final do ano  sempre no horário da 15 horas :


26 de março

30 de abril

28 de maio

25 de junho

30 de julho

27 de agosto

24 de setembro

29 de outubro

26 de novembro

31 de dezembro *

* A data com asterisco poderá ser modificada.


Local : Rua Dr. João Antônio , número 287, centro - Teófilo Otoni

Referência : ao lado da Cardiovasc

 (mesmo local da associação Luz dos Povos )

Mais informações ligar para a Atenção Básica e falar com Bárbara : 35292328
Matérias

Tratando o Alzheimeir dentro de casa

Dicas e cuidados para lidar com o idoso que sofre da doença



O Alzheimer é uma doença degenerativa que envolve a perda gradativa de diversas capacidades importantes para o ser humano, como linguagem, memória, cálculos e julgamento, planejamento e organização e, posteriormente, funções motoras.

Os indivíduos com a doença precisam intensamente do auxílio de cuidadores, sejam eles da família ou profissionais contratados. Em ambos casos, o cotidiano destas pessoas é envolvido pelas necessidades integrais do idoso e, não raro, vivem em um dia a dia extremamente cansativo, que pode culminar em estados de puro estresse físico e emocional.

Para auxiliar familiares e cuidadores, identificamos com os profissionais do Residencial Israelita Albert Einstein (RIAE) – que atendem idosos com a doença – dicas práticas de como estimular a autonomia dos pacientes por mais tempo e de como facilitar a vida de quem acompanha esses indivíduos.

Antes da relação de dicas, leia um resumo das três principais fases da doença (que geralmente atinge os últimos 10 ou 15 anos de vida):

• 1ª fase/Diagnóstico:

O indivíduo passa a ter lapsos de memória e perda da noção de quantidade (uma nota de R$100 pode ser usada no lugar da de R$10, por exemplo).

• 2ª fase/Moderada:

A pessoa necessita de supervisão para tarefas rotineiras e, geralmente, um acompanhante para passeios fora de casa. Nesta fase ele pode desaprender o significado do farol vermelho, por exemplo, por isso é recomendado que não dirija mais.

• 3ª fase/Grave:

Está é a fase da dependência total para atividades como vestir, comer e usar o banheiro, e o paciente pode apresentar perda de linguagem e alucinações.

Vamos às dicas:

Planejamento

A primeira indicação, para a fase do diagnóstico, é procurar entender a doença e o seu desenvolvimento com o passar do tempo. Como é um processo praticamente irreversível, esse conhecimento pode auxiliar a família a criar um plano de ação. Por exemplo: vamos contratar um profissional em algum momento? Quando assumir as finanças do paciente?

Relação idoso x cuidador

O cuidador deve tentar deixar o paciente ativo, pelo tempo que for possível, em qualquer atividade. Tentar ajudá-lo apenas com o que ele não consegue realizar sozinho, e fazer apenas uma coisa de cada vez. Quando falar com o idoso, esteja presente, olhando nos olhos – isso facilitará a compreensão.

Para cuidadores profissionais, cuja fisionomia o idoso tem ainda mais dificuldade de memorizar, a indicação é sempre se apresentar todos os dias, dizendo o próprio nome e explicando que o seu papel é estar ali para auxiliá-lo.

Outra dica é não infantilizar o idoso com frases e modos de falar utilizados com crianças. Eles podem ficar constrangidos e irritados.

Comportamento

Geralmente, a doença acentua características de comportamento comuns ao indivíduo ao longo da vida. Espere de indivíduos que são agressivos, que ajam com maior agressividade – principalmente na fase em que percebem estar perdendo o controle das ações. Já as pessoas mais caladas, por exemplo, tendem a ficar ainda mais introvertidas.

Rotina

Introduzir novas tarefas a um paciente com Alzheimer é mais difícil. O ideal é realizar atividades semelhantes às que ele já fazia. Uma rotina que o paciente goste consegue deixá-lo ativo e engajado, com independência e autonomia por mais tempo.

Alimentação

Dê preferência a locais tranquilos e iluminados e use cores contrastantes entre o prato e a toalha de mesa – isso irá ajudá-lo na visualização dos alimentos.

Tome cuidado com os talheres. Prefira facas sem serra e, caso o idoso tenha tendência à agressividade e queira espetar a si ou aos outros, utilize colher ao invés de garfo.

Disposição de objetos

Manter os objetos da casa sempre no mesmo lugar ajuda o paciente a localizá-los. Lembre-se de que toda nova informação será mais difícil para ele reter.

Por medida de segurança, peças decorativas que simulem outros objetos não são uma boa ideia. Frutas de cera, por exemplo, podem confundir o idoso, que tentará comê-las.

Sinalização em casa

Na fase em que o idoso começa a perder a noção espacial (mas ainda assim consegue ler), utilize sinalizadores nas paredes, como setas indicando onde fica o banheiro ou a cozinha, isso ajuda a localização dentro da casa.

Noção de dias e meses

Pacientes com Alzheimer vão perdendo gradativamente a noção de tempo. Deixar um calendário próximo e ir marcando a passagem dos dias junto com ele ajuda no entendimento da passagem de dias e meses.

Memória

Álbuns de fotos são ótimos para o paciente lembrar sua própria história e das pessoas que já passaram por sua vida.

Ouvir músicas "da sua época", também traz memórias e emoções importantes. É uma ótima maneira de ativar a mente.

Planejar o dia

Na primeira fase, quando o idoso ainda é independente, escreva as atividades que serão realizadas no dia e leia junto com ele. É uma maneira de oferecer um senso de organização e de estimulá-lo a permanecer atento às suas atividades.

No fogão

Para a fase em que o idoso estiver perdendo a noção de tempo, mas quiser cozinhar, ensine-o a criar o hábito de colocar um despertador para avisá-lo quando a comida estiver pronta. A repetição (usar sempre o despertador) pode criar esse hábito.

Estimular o raciocínio

Jogos de caça-palavras, leitura de jornais, livros e revistas, por exemplo, são bons estímulos, mas sempre deve ser considerado o nível intelectual que o paciente já possuía. Qualquer esforço desnecessário tende a dificultar a ação.

O banho

Adapte o banheiro às necessidades do idoso. Se utilizar uma cadeira, atente-se à segurança e ao risco de escorregamento. Existem cadeiras específicas para o banheiro (chuveiro ou vaso). Barras de apoio também são uma boa opção.

Se o idoso for muito agitado, uma boa dica é começar o banho pelo pé. É menos agressivo do que jogar água diretamente em seu rosto.

Alucinações

Nas fases mais avançadas da doença, alucinações visuais ou auditivas podem ser comuns. Não confronte ou tente convencê-lo do contrário – o paciente realmente está vendo ou ouvindo o que relata. O importante é acolhê-lo, escutar e tentar mudar de assunto.

Objetividade

Seja objetivo ao falar. Frases curtas são mais fáceis de serem compreendidas.

Dê opções simples. Ao invés de deixá-lo optar por várias peças no guarda-roupa, diga algo como: "você quer vestir a blusa amarela ou a vermelha?" Quanto mais opções de escolha, mais facilmente o idoso irá se confundir.

Avisar sempre o que vai ser feito em seguida desperta o idoso para a ação: "agora vamos comer, agora vamos tomar banho" etc.

Organização

Armários e guarda-roupas bem organizados ajudam o idoso a entender o lugar de cada coisa e a encontrar objetos sem auxílio.

Sono tranquilo

Na hora de ir pra cama, estabeleça uma rotina. Dormir e acordar sempre no mesmo horário ajuda o indivíduo com Alzheimer a ter mais noção do tempo e da passagem dos dias.

Escovar os dentes

A escovação de dentes deve ser supervisionada para que o idoso não se engane e coma o creme dental ou, por exemplo, escove sem o creme. Deixe que ele faça sozinho até o momento em que precisar de ajuda.

Tudo por ele

Não passar da fase de supervisionar diretamente para a fase de fazer tudo pelo paciente. Nesse meio tempo, o ideal é sempre "fazer junto", para que ele mantenha sua autonomia por mais tempo.

O descanso do cuidador

O cuidador precisa, e merece, um tempo para cuidar de si e para realizar atividades de lazer que aliviem sua tensão. É importante criar uma rotina pessoal – para não deixar que a do idoso tome conta de todo o seu dia – e procurar algo que dê prazer e relaxamento, o que, aliás, trará de volta o ânimo e a calma necessários para prosseguir com os cuidados ao paciente.

"Se for o caso, na hora de contratar um cuidador profissional, o importante não é que ele seja obrigatoriamente um enfermeiro ou que tenha vasta experiência, mas simplesmente alguém que consiga ajudar a família a cuidar do idoso, liberando um pouco os familiares para olharem mais para si", indica o neurologista do Einstein, Dr. Ivan Okamoto.

"Dividir as tarefas com outras pessoas da família, se for possível, também é uma boa opção", afirma o médico.

Fonte: Sabrina Marcondes Teixeira, supervisora dos cuidadores do Residencial Israelita Albert Einstein.

Fonte: Hospital Albert Einstein

domingo, 4 de março de 2012

Convite


"GRUPO DE APOIO AO CUIDADOR DA PESSOA IDOSA COM DISTÚRBIO DE MEMÓRIA"

A coordenação de saúde do Idoso convida todos os cuidadores de pessoas idosas para a primeira reunião do grupo de cuidadores que será realizada no dia 26 de março de 2012 as 15 horas

Local :Rua Dr. João Antônio , número 287, centro - Teófilo Otoni
Referência : ao lado da Cardiovasc
(mesmo local da associação Luz dos Povos )

sábado, 3 de março de 2012



Atenção dia 29 de março de 2012 às 19 : 30 horas haverá uma palestra na Igreja Santo Antônio em Teófilo Otoni com o seguinte tema :

Envelhecer com saúde
O desafio para o século XXI


Todos estão convidados
Palestrante : Dra. Ana Flávia Figueiredo Ribeiro ( médica )